O reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Dr. Natalino Salgado Filho, o pró-reitor Fernando Carvalho (Ageufma), a diretora-presidente e a superintendente da Fundação Josué Montello, Maria de Jesus Jorge Torres e Maria Ocirema Gomes de Oliveira, respectivamente, juntamente com dirigentes e professores do Campus IV da UFMA se reuniram por meio de videoconferência na tarde dessa quinta-feira (08) para o lançamento simbólico das obras de construção do Centro de Pesquisa em Ciência Animal, no Campus IV da Universidade, situado no município de Chapadinha. As obras compreenderão as construções das Unidades de Nutrição de Gado de Leite e Experimentação de Peixes. Hoje, a UFMA oferece no município os cursos de zootecnia, engenharia agrícola, ciências biológicas e agronomia. O projeto de construção é fruto de um convênio assinado em 2013 entre a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação / MCTI) e a FJMONTELLO, tendo a Universidade Federal como executora. De acordo com a superintende da Fundação Josué Montello, Ocirema Oliveira, o projeto teve muitos obstáculos burocráticos e depois de várias alterações e contando com grande empenho da FJMONTELLO e da própria Universidade teve sua meta alcançada com a conclusão do processo licitatório. “Uma vitória da UFMA com o apoio da Fundação Josué Montello que trará um grande benefício à academia e à sociedade”, ressaltou.
A licitação das obras seguiu o regime de empreitada por preço global, de acordo com o Projeto Básico executado pela Superintendência de Infraestrutura da Universidade (SINFRA/UFMA) e teve valor máximo estimado de R$2.086.800,53 (dois milhões oitenta e seis mil, oitocentos reais e cinquenta e três centavos). O orçamento da obra foi elaborado pela UFMA a partir dos custos unitários de insumos e composições de serviços do Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e índices (SINAPI) assim como alguns preços de insumos e serviços que foram coletados no mercado local, com valores da mão de obra de acordo com os preços da Convenção Coletiva de Trabalho publicada pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão (SINDUSCON/MA).
De acordo com o pró-reitor Fernando Carvalho o momento foi extremamente significativo pois coroa todo o esforço empregado tanto pela Universidade quanto pela Fundação Josué Montello que teve papel fundamental durante todo o processo. Em seu pronunciamento o pró-reitor agradeceu pontualmente o empenho da superintende Ocirema Oliveira e da diretora-presidente da FJMONTELLO, Jesus Torres, para que o projeto fosse viabilizado mesmo com todos os entraves sofridos.
Para Jesus Torres, a Fundação como instituição de apoio à UFMA fez seu papel de procurar as soluções adequadas à execução da proposta. Ainda segundo a gestora, muitas etapas precisaram ser readequadas e outras praticamente recomeçaram do zero durante todo o período de vigência do convênio firmado. “Alterações como planilha de custos das obras, reanálise de terrenos, emissão de novos documentos, aditivo do tempo de execução e até a mudança do local destinado para as obras foram necessários”, destacou.
Voltado ao estudo da nutrição do gado de leite e à piscicultura, o projeto atinge diretamente dois segmentos de extrema importância para a produção nacional.
De acordo com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no último levantamento o Brasil figurava como o sexto produtor mundial de leite, com 1,3 milhões de produtores de leite e produção de 27,5 bilhões de litros/ano, movimentando R$ 64 bilhões/ano e empregando 4 milhões de pessoas. Os principais produtores são os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, que, em 2008, foram responsáveis por 81,7% do total produzido no País. O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionalmente obtidos, como o café beneficiado e o arroz.
A alimentação representa o maior custo da produção leiteira, o que significa que os produtores devem dar atenção especial à nutrição dos rebanhos. Desenvolver dietas precisas contribui para a redução de custos e para o aumento da lucratividade. Já a piscicultura brasileira cresceu 4,9% em 2019 com 758.006 toneladas produzidas, conforme dados do Anuário 2020 da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) divulgados no início deste ano.
Para o reitor Natalino Salgado a UFMA está se reestruturando, se reinventando para vencer os obstáculos enfrentados, especialmente em um momento tão delicado como o que vivemos com a pandemia do novo coronavírus, mas que tem avançado com o apoio das novas tecnologias. “É preciso reanalisar todos os processos e reinvestir em novas potencialidades”, finalizou.
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